Em novembro fizemos a divulgação da proposta de um novo calendário do futebol brasileiro num projeto do Futebox. Em um dos tópicos consta no material um ranking do número de jogos dos 50 clubes que mais jogaram na temporada brasileiro e europeia.
Com o final da temporada 2021 nesta semana, foi possível atualizar o ranking. Segue abaixo o Top 25:
|
Clube |
Total de Jogos |
1 |
Athletico |
76 |
2 |
Atlético Mineiro |
75 |
3 |
Flamengo |
75 |
4 |
Bahia |
73 |
5 |
Palmeiras |
72 |
6 |
São Paulo |
70 |
7 |
Ceará |
69 |
8 |
Fortaleza |
69 |
9 |
Fluminense |
69 |
10 |
Santos |
66 |
11 |
CRB |
65 |
12 |
Atlético Goianiense |
64 |
13 |
Grêmio |
63 |
14 |
Internacional |
63 |
15 |
Vitória |
63 |
16 |
Corinthians |
62 |
17 |
Manchester City |
61 |
18 |
Manchester United |
61 |
19 |
CSA |
61 |
20 |
Vasco |
59 |
21 |
Sport |
59 |
22 |
Chealsea |
59 |
23 |
Sampaio Corrêa |
59 |
24 |
Arsenal |
58 |
25 |
América Mineiro |
57 |
Podemos
observar que, dos 25 clubes que mais jogaram na última temporada, 21 são
brasileiros. Os três clubes ingleses que mais jogaram estão na relação por
terem chegado as finais das Copas Europeias e o Arsenal chegou até as
semifinais da Liga Europa.
Portanto
os 21 clubes brasileiros que mais jogaram em 2021 disputaram cerca de 66 partidas
em média, mesmo não chegando às fases finais, o oposto dos europeus, que só
chegam na mesma média apenas quando disputam as fases decisivas das Copas.
O
Palmeiras, por ter chegado as finais de todos os torneios que disputou, jogou
incríveis 91 jogos no ano de 2021 considerando a parte final da temporada 2020,
disputada até início de março de 2021, além de toda a temporada 2021, uma média
de um jogo a cada 3,7 dias, a mesma média do Athletico em 2021. O Manchester
City, time europeu que mais jogos fez na temporada 20/21, teve uma média de um
jogo a cada 4,4 dias.
Bahia
e Ceará, por terem sido finalistas da Copa do Nordeste além de disputarem as
fases finais dos Estaduais ficaram no top 10. Devido os principais clubes do
Nordeste disputarem os Estaduais e Copa do Nordeste de forma simultânea, acabam
jogando mais que todos os clubes mais ricos do mundo. CRB e Vitória, clubes da
Série B, jogaram mais do que o campeão da Champions League.
Os demais 25 do ranking são os seguintes:
|
Clube |
Total de Jogos |
26 |
Villareal |
57 |
27 |
Chapecoense |
57 |
28 |
Tottenham |
56 |
29 |
Cuiabá |
56 |
30 |
Botafogo |
56 |
31 |
Ponte Preta |
55 |
32 |
Cruzeiro |
55 |
33 |
Red Bull Bragantino |
55 |
34 |
Avaí |
55 |
35 |
Operário PR |
55 |
36 |
Barcelona |
54 |
37 |
Coritiba |
53 |
38 |
Roma |
53 |
39 |
Liverpool |
52 |
40 |
Sevilla |
52 |
41 |
Juventus |
52 |
42 |
Real Madrid |
52 |
43 |
Goiás |
51 |
44 |
Atalanta |
51 |
45 |
Napoli |
51 |
46 |
Guarani |
51 |
47 |
Milan |
50 |
48 |
Inter de Milão |
50 |
49 |
Lazio |
48 |
50 |
Atlético Madrid |
47 |
Na segunda metade do ranking há a presença de 13 clubes europeus e 12 brasileiros. Villareal foi o finalista da Europa League e o Tottenham chegou até as quartas de final. Esses dois clubes já estão abaixo dos 60 jogos por temporada. Dos 10 clubes que menos jogaram do ranking, a grande maioria são de europeus e que não tiveram boas campanhas nas Copas Nacionais e Continentais.
Os
clubes brasileiros jogam muito mais do que os europeus, o que acaba impactando
na intensidade, atratividade das partidas, além dos clubes terem que arcar com
elencos maiores para poderem cumprir com todos os compromissos, o que acaba
encarecendo os custos com atletas, sem contar despesas com jogadores em
tratamento médico devido a lesões.
O
excesso de jogos, muitos deles sem apelo, acabam prejudicando o espetáculo,
deixando as partidas lentas, com muitas faltas, erros técnicos, contusões, clubes
sem muitas ideias elaboradas de jogo, afastando o interesse de quem deveria ser
o foco principal de qualquer competição, o torcedor e o fã.
As propostas do novo calendário foram efetuadas visando reduzir o número de jogos dos clubes com calendário inchado e aumentar o calendário dos cerca de 450 clubes que apenas disputam os estaduais em 3 meses da temporada e fecham as portas até o ano seguinte, deixando de gerar receitas, emprego e engajamento do seus torcedores em grande parte do ano.
Esse estudo faz parte de um novo livro que estarei lançando em 2022.
Excelente levantamento, Marcelo! Só reforça a nossa proposta para o novo calendário do futebol brasileiro. Abraços!
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